lunes, 12 de marzo de 2012

Retrospectiva Internacional: Andrés di Tella

A Retrospectiva Internacional apresentará a obra de Andrés di Tella, cineasta argentino que já participou do festival com obras em competição (A Televisão e Eu) e, em 2002, integrou o júri internacional. Inédita no Brasil, a mostra apresentará seus seis longas-metragens, além de um curta e uma média- metragem. “Andrés Di Tella vem desenvolvendo, no último quarto de século, uma obra delicada e complexa que, a um só tempo, indaga a própria identidade e o espírito da época, o engate entre os registros de ontem e os de hoje”, explica Amir Labaki.
Entre os longas, destaca-se o inédito Golpes de Machado (Hachazos, 2011), que recupera a trajetória de Claudio Caldini, um cineasta experimental de atuação marcante nos anos 70 hoje recolhido em uma propriedade rural, num subúrbio de Buenos Aires. Di Tella foi também o criador e primeiro diretor do Bafici, o Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires.


Fotografias, de Andrés Di Tella (Argentina, 110 min). 2007
Para desvendar a história de sua mãe, nascida na Índia, o diretor argentino empreende uma viagem às suas origens. Na própria Argentina, ele acha pistas sobre o passado de sua mãe. Na Índia, o diretor tenta preencher as lacunas da identidade de ambos.

Golpes de Machado, de Andrés Di Tella (Argentina, 80 min). 2011
Desde 2004, Claudio Caldini trabalha como caseiro numa propriedade rural em General Rodríguez, subúrbio de Buenos Aires, quase esquecido de seu passado de cineasta, participante de um ativo círculo experimental nos anos 70 – cujas atividades foram interrompidas pela ditadura militar.

A Televisão e Eu, de Andrés Di Tella (Argentina, 75 min). 2002 Equilibrando-se entre a história e a autobiografia, o cineasta explora episódios da televisão na Argentina, mesclando-os com suas próprias lembranças, em que são personagens o introdutor da TV na Argentina, Jaime Yankelevich, seu próprio avô, Torcuato di Tella pai, e Evita Perón.

Macedonio Fernández, de Andrés Di Tella (Argentina, 45 min). 1995
O escritor e roteirista Ricardo Piglia torna-se o guia desta viagem informal pela geografia e pela memória de Buenos Aires, procurando os vestígios de Macedonio Fernández (1874-1952) – autor de contos, poemas, novelas e ensaios que conquistaram a admiração de Jorge Luis Borges

Montoneros, uma História, de Andrés Di Tella (Argentina, 90 min). 1995 Através da história pessoal de Ana, uma ex-militante dos Montoneros, principal grupo armado argentino contra a ditadura militar dos anos 70/80, reconstitui-se a memória coletiva não só dessa organização, como do próprio país num momento de crise e fragmentação social e política.

O País do Diabo, de Andrés Di Tella (Argentina, 72 min). 1998
Ensaio de um perfil do controverso escritor, jurista, etnógrafo e geógrafo Estanislao Zeballos (1854-1923), principal ideólogo da chamada Conquista do Deserto, campanha deflagrada pelo exército no final do século XIX que acarretou o extermínio da maioria dos indígenas argentinos.

Proibido, de Andrés Di Tella (Argentina, 106 min). 1997
Examinando-se emissões televisivas e documentos do período da ditadura militar argentina (1976-1983), evidencia-se os mecanismos da manipulação midiática exercida pelos comandantes do regime, que evocam táticas aplicadas pelo nazismo e por outros governos totalitários.

Reconstituição do Crime da Modelo, de Andrés Di Tella (Argentina,8 min). 1990
A cobertura sensacionalista de um crime por um canal televisivo fornece o ponto de partida para que o cineasta empreenda um processo de desconstrução das técnicas e artifícios desta narrativa. Coloca-se em discussão o caráter ficcional do discurso jornalístico.


E TUDO VERDADE / IT'S ALL TRUE
Festival Internacional de Documentários
Sao Paulo / Rio de Janeiro
22 de março - 1 de abril 2012



http://www.itsalltrue.com.br/

6 comentarios:

rodrigo dijo...

golpes de machado... qué idioma!

Unknown dijo...

INteresante!! cual recomendasª?

claudio caldini dijo...

¿qué Machado? ¿Arlindo?

Lucio dijo...

felicitaciones!

ueno dijo...

Es lindo golpes de Machado,
queda poético!

Anónimo dijo...

En portugués...