Una de las sorpresas de la programación del BAFICI 2012 es la retrospectiva consagrada a Narcisa Hirsch, largamente merecida y demorada. Reproduzco aqui, a modo de recordatorio y acicate para quienes no hayan visto sus obras, el texto que escribí el año pasado en ocasión de su última película, El mito de Narciso.
martes, 27 de marzo de 2012
El mito de Narcis(a) - BAFICI 2012 (2)
Una de las sorpresas de la programación del BAFICI 2012 es la retrospectiva consagrada a Narcisa Hirsch, largamente merecida y demorada. Reproduzco aqui, a modo de recordatorio y acicate para quienes no hayan visto sus obras, el texto que escribí el año pasado en ocasión de su última película, El mito de Narciso.
lunes, 26 de marzo de 2012
Se viene un BAFICI... ¡argentino!
Se viene el BAFICI y, relojeando la programación, me asusta la cantidad de películas argentinas que quiero ver. ¿Me quedará tiempo para ver las extranjeras? No recuerdo otro BAFICI que me haya generado tanta expectativa sobre la producción vernácula.
A realidade e o cinema documental de Andrés Di Tella
26. 03. 2012 |
Filmes e Séries |
O cineasta argentino, Andrés Di Tella
Muitas vezes, entrevistar alguém com uma rotina sabidamente corrida pode se tornar um desafio quase impossível de ser completado.
Contudo, para a minha surpresa, o bate-papo por e-mail se deu de forma fluente. Começou com o inglês, passamos para o espanhol e logo as trocas de e-mail acabaram no portunhol. Diferenças idiomáticas à parte, é rápida a relação de simpatia criada com Di Tella.
A atenção e simpatia dispensadas a seus interlocutores são responsáveis, em parte, pela efetivação da produção documental deste argentino.
Foi Di Tella que idealizou o BAFICI (Festival de Cinema Independente de Buenos Aires). Em 1999, logo na primeira edição, convidou a então jovem Sophia Coppola, que, para surpresa do argentino, viajou ao país sul-americano com seu pai e mestre, Francis Ford Coppola. Com passado e presente gloriosos, Andres Di Tella é o homenageado na Retrospectiva Internacional desta 17 ª edição do Festival É Tudo Verdade. Estarão em cartaz, até o dia 28 deste mês, em sessões gratuitas no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), na capital paulista, algumas obras fundamentais do diretor, dentre elas A Televisão e Eu, País do Diabo, Fotografias e Proibido. | Francis Ford Coppola e Andrés Di Tella |
jueves, 22 de marzo de 2012
Diretor argentino ganha restrospectiva no festival É Tudo Verdade
SYLVIA COLOMBO
de Buenos Aires
Na passagem mais marcante de "O País do Diabo" (1998), do argentino Andrés Di Tella, um velho índio ranquel conta como tentaram fazer com que se esquecesse da língua de seus antepassados para aprender o espanhol.
Era apenas um garoto, e seus professores lhe aplicavam golpes na cabeça com a ponta de uma régua.
Com olhar altivo, Manuel Cabral relata que aguentou a dor e resistiu à ideia. Aprendeu a se comunicar no idioma da maioria dos argentinos, mas conservou o ranquel na memória. Hoje, o ensina numa escola rural da província de La Pampa.
O filme, que integra a retrospectiva de Di Tella no festival É Tudo Verdade, traça a história da Campanha do Deserto, operação armada pelo governo argentino no século 19, na qual o Exército foi enviado ao sul do país, causando uma matança generalizada de várias tribos.
"Aconteceu há mais de cem anos, mas segue ocorrendo todos os dias. Os indígenas continuam a não poder ser indígenas. Nos consideramos um país europeu, mas 51% dos habitantes têm no mapa genético componentes indígenas", diz o diretor.
Di Tella acha difícil entender seu país hoje sem mexer nessa ferida. "Naquele tempo, os indígenas cumpriram o papel do outro, e o governo os pintou como inimigos para ganhar apoio", diz ele.
"Hoje se faz o mesmo, mas com personagens diferentes. Agora, o outro é o imperialismo estrangeiro, daí esse discurso combativo com relação às Malvinas", completa.
O filme guarda uma relação profunda com "Fotografias" (2007), no qual investiga suas próprias raízes, por meio da história da mãe, que veio da Índia.
"Eu era vítima de preconceito. Não sou indígena, mas filho de indianos. Me olhavam diferente", afirma.
Durante a investigação, Di Tella topou com a viagem do escritor Ricardo Güiraldes (1886-1927) ao Oriente. O filme mostra como o autor do clássico "Don Segundo Sombra" recebeu fortes influências de sua ida à Índia.
O festival trará também outras obras do diretor. Entre elas, "Macedonio Fernández" e "Montoneros, uma História" (veja abaixo).
http://www1.folha.uol.com.br/
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martes, 20 de marzo de 2012
Andrés Di Tella e o documentário do "eu"
Andrés Di Tella e o documentário do "eu"
NO ÂMBITO DE UM DOCUMENTARISMO argentino rico e sempre renovado, a obra de Andrés Di Tella se destaca por colocar em cena uma reflexão sobre o gênero documentário ao mesmo tempo em que nos faz ver a realidade segundo seu olhar.
Começou como videoartista, e também passou por estúdios de televisão, antes de se dedicar a realizar longas- metragens com temáticas culturais e sociais muito diversas. No entanto, todas suas produções têm em comum a vontade de explorar o encontro entre o ficcional e o documental.
A estrutura narrativa de seu primeiro longa-metragem, Montoneros, uma história, apóia-se em uma viagem que aproveita o deslocamento espacial para integrar um longo diálogo com Ana Testa, que relembra sua militância e a posterior repressão da qual foi vítima. Nesse transferir-se em direção ao passado, Di Tella procura fugir do documentário político tradicional pensado como testemunho ou como documento, para mostrar ao espectador a experiência vital dos militantes, carregada de ideias, mas também de emoções, de humor e de muita fragilidade.
Já neste primeiro filme, o realizador introduz vários dos elementos que trabalha ao longo de sua filmografia. Por um lado, a opção por mostrar as operações intelectuais e técnicas que lhe permitem desenvolver os filmes que realiza; por outro lado, trabalhar a enunciação subjetiva dentro do documentário.
Nesse sentido, A Televisão e eu implica uma marca em sua filmografia. É ali onde abre para o olhar do público a caixa de ferramentas com a qual trabalha, isto é, os materiais audiovisuais que usa e a forma contraditória em que esses materiais vão se construindo e ordenando. Di Tella se apresenta em primeira pessoa para expressar as tensões entre seus propósitos conscientes e a forma em que estes se resignificam durante o processo criativo. Para isso, coloca à nossa disposição as dificuldades e as paixões que vão se despertando no caminho do conhecimento.
Assim como A Televisão e eu é um filme no qual Di Tella explora sua relação com o projeto industrial e familiar paterno, Fotografias se centra tanto na memória como no legado maternos. No primeiro, a ênfase está em mostrar como se articula o público e o privado no âmbito de uma família que na Argentina é sinônimo de de- senvolvimento industrial e vanguarda estética. No segundo filme, o realizador transita na cultura hindu para se encontrar com uma espiritualidade que lhe resulta muito distante, embora o aproxime de sua mãe.
O díptico não coloca em jogo essa matéria-prima autobiográfica para comover o espectador, e sim para romper absolutamente a tradição do documentário clássico e expositivo, olhando para dentro, interligando os fatos que se desejam conhecer com redes complexas e caóticas nas quais intervêm razões pessoais, sociais, históricas e culturais.
Também sua última criação, Golpes de machado, assume que a riqueza do documentário radica na possibilidade de que o espectador veja o processo de conhecimento no qual o realizador transita em função de se apropriar de uma determinada realidade. Desta vez, Di Tella se vê obrigado a precipitar-se no abismo, já que o objeto de observação é o artista Claudio Caldini e sua obra. Assim, nessas imagens se entrelaçam as certezas e incertezas de dois universos criativos que sempre experimentam no limite das concepções artísticas.
Em resumo, Andrés Di Tella conseguiu produzir uma obra cheia de surpresas, entre outras uma sistemática reflexão teórica sobre o gênero. Inovação e autoconsciência são as palavras que melhor caracterizam seus trabalhos.
Clara Kriger
O País do Diabo ANDRÉS DI TELLA (ARGENTINA/ ARGENTINA, 2008) | |
Fotografias ANDRÉS DI TELLA (ARGENTINA/ ARGENTINA, 2007) | |
Golpes de Machado ANDRÉS DI TELLA (ARGENTINA/ ARGENTINA, 2011) | |
A Televisão e Eu ANDRÉS DI TELLA (ARGENTINA/ ARGENTINA, 2002) | |
Macedonio Fernández ANDRÉS DI TELLA (ARGENTINA/ ARGENTINA, 1995) | |
Montoneros, Uma História ANDRÉS DI TELLA (ARGENTINA/ ARGENTINA, 1995) | |
Proibido ANDRÉS DI TELLA (ARGENTINA/ ARGENTINA, 1997) | |
Reconstituição do Crime da Modelo ANDRÉS DI TELLA, FABIÁN HOFMAN (ARGENTINA/ ARGENTINA, 1990) |
lunes, 19 de marzo de 2012
Hong Sang-soo en YouTube
"Lost in the Mountains", que un alma caritativa colgó entero de YouTube (en tres partes), es un mediometraje de media hora, la contribución de Hong Sang-soo a la edición 2009 del Jeonju Digital Project, que suele reunir a algunos de los cineastas más interesantes del mundo en un film-omnibus de tres mediometrajes, producido por el festival de cine coreano de Jeonju. En ese año compartieron cartel con Hong la japonesa Naomi Kawase y el filipino Lav Díaz; el año pasado conformaron el elenco nada menos que Jean-Marie Straub, Claire Denis y José Luis Guerín. Me sentí de alguna manera interpelado -como rara vez me sucede en youTube- porque debo haber sido uno de los primeros argentinos en ver una película de Hong Sang-soo, de quien programé su extraordinaria segunda película, "El poder de la provincia Kangwon", en el primer BAFICI, al correr el año del señor 1999, cuando Hong no figuraba ni a placé en las marquesinas de los festivales top. Hong no pudo viajar ese año a Buenos Aires pero tuve el placer de conocerlo al año siguiente en Pusán, en la sobremesa de un asado coreano, en mi único e inolvidable viaje -35 horas- a "la tierra de las mañanas tranquilas" (así la llaman sus nativos). Me convertí en fanático instantáneo -acusado de agente secreto coreano por algunos- y es desde entonces uno de los pocos directores contemporáneos de quienes puedo decir que he visto todas sus obras, o casi, ya que últimamente su prolífico ritmo de producción (¡siete películas en los últimos cuatro años!) hace difícil seguirle el paso. Justamente, hoy YouTube brinda la oportunidad de ponernos un poco al día. La semana pasada comprobé que es posible ver un largo en YouTube -nada menos que el impenetrable Espejo de Tarkovski- asi que un mediometraje no puede constituir un desafío demasiado exigente. Lo que me gusta del cine de Hong, entre otras cosas, es que los personajes parecen estar en medio de la intrascendencia de lo cotidiano cuando, en realidad, resulta que estaban viviendo aquel momento borgiano en que se define un destino. "Como la vida misma", habrían dicho Morelli y Berruti, copa de champán en mano.
lunes, 12 de marzo de 2012
Retrospectiva Internacional: Andrés di Tella
Para desvendar a história de sua mãe, nascida na Índia, o diretor argentino empreende uma viagem às suas origens. Na própria Argentina, ele acha pistas sobre o passado de sua mãe. Na Índia, o diretor tenta preencher as lacunas da identidade de ambos.
Golpes de Machado, de Andrés Di Tella (Argentina, 80 min). 2011
Desde 2004, Claudio Caldini trabalha como caseiro numa propriedade rural em General Rodríguez, subúrbio de Buenos Aires, quase esquecido de seu passado de cineasta, participante de um ativo círculo experimental nos anos 70 – cujas atividades foram interrompidas pela ditadura militar.
A Televisão e Eu, de Andrés Di Tella (Argentina, 75 min). 2002 Equilibrando-se entre a história e a autobiografia, o cineasta explora episódios da televisão na Argentina, mesclando-os com suas próprias lembranças, em que são personagens o introdutor da TV na Argentina, Jaime Yankelevich, seu próprio avô, Torcuato di Tella pai, e Evita Perón.
Macedonio Fernández, de Andrés Di Tella (Argentina, 45 min). 1995
O escritor e roteirista Ricardo Piglia torna-se o guia desta viagem informal pela geografia e pela memória de Buenos Aires, procurando os vestígios de Macedonio Fernández (1874-1952) – autor de contos, poemas, novelas e ensaios que conquistaram a admiração de Jorge Luis Borges
O País do Diabo, de Andrés Di Tella (Argentina, 72 min). 1998
Ensaio de um perfil do controverso escritor, jurista, etnógrafo e geógrafo Estanislao Zeballos (1854-1923), principal ideólogo da chamada Conquista do Deserto, campanha deflagrada pelo exército no final do século XIX que acarretou o extermínio da maioria dos indígenas argentinos.

Proibido, de Andrés Di Tella (Argentina, 106 min). 1997
Examinando-se emissões televisivas e documentos do período da ditadura militar argentina (1976-1983), evidencia-se os mecanismos da manipulação midiática exercida pelos comandantes do regime, que evocam táticas aplicadas pelo nazismo e por outros governos totalitários.
Reconstituição do Crime da Modelo, de Andrés Di Tella (Argentina,8 min). 1990
A cobertura sensacionalista de um crime por um canal televisivo fornece o ponto de partida para que o cineasta empreenda um processo de desconstrução das técnicas e artifícios desta narrativa. Coloca-se em discussão o caráter ficcional do discurso jornalístico.
viernes, 9 de marzo de 2012
jueves, 8 de marzo de 2012
El documental y yo
1
Tres rabinos van en un taxi. El primero suspira y dice:
—Cuando pienso en Dios, me digo que realmente soy muy poca cosa.
El segundo rabino le dice al primero:
—Si tú eres muy poca cosa, entonces ¿qué soy yo? Yo no soy nada.
El tercer rabino le dice al segundo:
—Si tú no eres nada, entonces ¿qué soy yo? ¡Soy menos que nada! ¡Estoy
por debajo de todo!
En ese momento el taxista, que es negro, se da vuelta y les dice:
—Pero, si hablan de esa forma, si dicen que no son nada, que incluso son
menos que nada, entonces, ¿qué soy yo? ¡No hay ni palabras para describirme!
¡Yo no existo!
Entonces los tres rabinos lo miran y dicen:
—Pero ¿este quién se ha creído?
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Publicado en http://tierraentrance.miradas.net/